O PLANETA TERRA: UM SISTEMA DINÂMICO
Você sabia que o nosso planeta é um organismo dinâmico que constantemente passa por mudanças? Para que essas mudanças aconteçam é necessário que haja energia e as duas fontes de energéticas que influem sobre o nosso planeta são a irradiação solar, a mais importante, e a energia oriunda do interior da terra, que é responsável por terremotos, maremotos, vulcões, dobramentos que deram origem as cadeias de montanhas e pela Tectônica de Placas etc. Conhecer essa energia é fundamental para compreender a dinâmica interna da Terra e os diversos elementos que compõe o seu sistema físico.
A Terra surgiu por meio da agregação de poeira cósmica que aumentou a força gravitacional e possibilitou a retenção das partículas que compuseram a atual estrutura do planeta. Os elementos mais densos, como o Ferro e o Níquel migraram mais rapidamente para o centro da Terra, enquanto que os materiais mais leves ficaram mais próximos a superfície. Desta forma surgiu a estrutura interna do Planeta com a distinção entre os elementos que compõem as suas camadas principais, como o núcleo, o manto e a crosta.
A litosfera ou crosta terrestre é a mais supercificial do planeta e esta dividida em duas partes: a mais superficial chamada Sial, por causa da presença de silício e alumínio, com uma espessura de 15 a 25 km e nela predominam as rochas sedimentares e magmáticas. A parte mais interna é dominada de Sima, pela grande presença de silício e magnésio, com uma espessura de 30 a 35 km. A crosta terrestre é a camada que está mais submetida a constantes modificações provocadas tanto por agentes internos como os agentes externos. É uma camada descontínua formada por placas que flutuam sobre o magma, sua espessura varia, sendo maior em áreas de altas montanhas e menor no assoalho oceânico.
A partir dos 60 km aproximadamente do interior da Terra, encontra-se um material pastoso e incandescente denominado Magma, é a Pirosfera ou Manto. Ela representa aproximadamente 83% do volume do planeta. Onde origina-se a força que gera as mais importantes mudanças na crosta terrestre.
A camada central é chamada de Barisfera ou Núcleo. A despeito da elevada temperatura, admite-se que esteja no estado sólido, em virtude da grande pressão. Com aproximadamente 34% da massa do planeta, o núcleo apresenta-se rico em níquel e ferro.
Tectônica de placas
A litosfera não é uma camada contínua como um anel rochoso que envolve a terra, mas é um conjunto de placas que colocam-se lado a lado como um quebra cabeça formando tanto os continentes como o fundo dos oceanos. Essas porções da crosta terrestre são chamadas de placas tectônicas que se deslocam constante e lentamente. É um deslocamento quase imperceptível, conhecido como deriva dos continentes ou Deriva Continental de placas que flutuam sobre a Astenosfera que é a parte mais interior e viscosa do manto.
Analisando o movimento das placas tectônicas os cientistas concluíram que há cerca de milhões de anos existiu um único denominado de Pangéia que se dividiu em pedaços de terras emersas e foram se distanciando uns dos outros em um movimento produzido pelas forças internas da Terra. Assim, cada grande porção de terra deu origem a um continente que formaram a atual distribuição continental. Esse movimento no interior da Terra começou há aproximadamente 200 milhões de anos e continua ate hoje. A esse fenômeno damos o nome de Deriva Continental. Esse fenômeno pode ser comprovado através da observação das semelhanças entre o litoral da África e da América do Sul.
Além disso, cientistas encontraram semelhanças na geologia, no clima e na vegetação. Entre mais ou menos 180 a 200 milhões de anos, a partir do período Jurássico os continentes começaram a se afastar, tanto na direção oeste, quanto em direção a linha do Equador. Formaram-se dois supercontinetes: a Laurásia e Gondwana.
Há cerca de 65 milhões de anos, no inicio do Terciário, a América do Sul separou-se da África e a, seguir, a America do Norte, da Laurásia. A Índia continuava a se deslocar em direção a Ásia. A Austrália e a Antártida mantinham-se ligadas.
Pangéa: Continente único |
As placas tectônicas se movimentam de acordo com a dinâmica do magma no manto da terra e podem deslizar, afastar ou colidir umas com as outras.
Quando há colisão entre duas placas, dizemos que elas são convergentes e esse fenômeno pode ocorrer entre duas placas oceânicas ou entre uma placa continental e outra oceânica. Nesse tipo de movimentação a placa menos densa mergulha sob a placa mais densa (subducção). Essa funde-se ao manto e provoca o surgimento de montanhas em virtude da pressão e do choque da colisão. Além disso, podem ocorrer terremotos, e também, nas regiões próximas a esse limite surgem ilhas e vulcões. Na convergência de duas placas continentais uma penetra sobre a outra, mas sem que o material se funda novamente ao manto. Nesses casos, o choque e a pressão provocam dobramentos e deformações de rochas, além de terremotos. A cordilheira dos Andes se formou pela colisão entre a Placa de Nazca, uma placa oceânica e a placa Sul-americana, uma Placa continental (GARAVELLO e GARCIA, 2005).
Quando uma placa desliza em relação a outra, trata-se de zonas cujos limites são chamados Conservativos. Esse movimento pode envolver tanto duas placas oceânicas, quanto duas placas continentais em ambos os casos não há nem perda de material nem dobramentos, mas sim terremotos, metamorfismos e surgimento de falhas. Eles não surgem exatamente no limite entre as placas, mas ao longo deste, determinando que haja movimentos horizontais e paralelos em relação ás falhas. Um exemplo é a Falha de San Andreas – Califórnia que ocorrem entre as placas Norte americana e a do Pacífico.(GARAVELLO e GARCIA, 2005)
De olho na notícia: Para exemplificar o poder da dinâmica interna do planeta, podemos citar o tsunami ocorrido recentemente no Japão, em virtude de um intenso terremoto de magnitude de 8,9 na escala Richter e que provocou ondas gigantes com cerca de 10 metros de altura. O tsunami é um fenômeno da natureza que pode ser causado por erupções vulcânicas, movimentações entre as zonas de convergência (fronteiras entre as placas tectônicas) no fundo dos oceanos, esses comportamentos geram uma série de ondas fortes caracterizadas por intensa velocidade e altura acentuada. A destruição causada por terremotos em áreas habitadas pode causar os seguintes danos, de acordo com escala Richter:
Inferiores a 3,5 graus: raramente são notados.
· De 3,5 a 5,4 graus: geralmente sentido, mas raramente causa danos.
· Entre 5,5 a 6 graus: provocam pequenos danos em edifícios bem estruturados, no entanto, seus efeitos são arrasadores em edifícios de estrutura precária.
· De 6,1 a 6,9 graus: causa destruição em áreas de até 100 quilômetros de raio.
· De 8 a 8,5 graus: é considerado um abalo fortíssimo, causando destruição da infra-estrutura.
· De 9 graus: destruição total.
Dessa forma vê-se que a destruição ocorrida no Japão, esta associada diretamente à magnitude do sismo de 8.9 , acompanhado de ondas gigantes, que causaram grande destruição no país.
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